"Ano dos prodígios", foi como alguns comentadores políticos da nossa praça classificaram o ano de 1989. Para isso terão contribuído acontecimentos como a queda do muro de Berlim, as manifestações estudantis na Praça de Tienamen, a morte de figuras como Khomeiny, Salvador Dali ou Sakharov ou o nascimento da Orquestra Académica Já b'UBI & Tokuskopus!
Neste ano de boa colheita, um grupo de Boémios na (nessa altura) pequena Academia Covilhanense, cientes de que a cantar e a beber é que a gente se entende, fundava a primeira Tuna da UBI.
Esta Tuna se assim lhe podíamos chamar na altura, surgiu como projecto em Janeiro de 1989 e a ideia inicial era fazer uma Tuna "a sério". Dos 14 elementos que constituíam a Tuna, três sabiam tocar viola, um ajeitava-se no bombo e outro tocava pandeireta. Os restantes nove, nem campainhas de porta sabiam tocar, por isso foram refundidos para a secção de vozes; portanto por falta de músicos (altamente qualificados) levou-nos a mudar de rumo e a preparar um projecto "trágico-cómico" que foi apresentado ao público pela primeira vez na Cine-Teatro (actual Auditório Municipal) durante a 1ª Semana Académica da UBI em 3 de Maio de 1989.
A "musica" de abertura, (perdoem-nos os músicos por chamar "aquilo" musica), foi a "Mariana", e o êxito foi imediato. Não que a Tuna tocasse bem, aliás porque até desafinavam bastante, mas sobretudo porque as vítimas das letras eram personagens que todos conheciam. O resultado foi entusiasmante e decidimos então que os "Tokuskopus" seriam definitivos.
Com as actuações seguintes o grupo começou a tomar alguma consistência. As entradas de novos instrumentistas, em especial do acordeonista, contribuíram para que as musicas ganhassem corpo. Aos poucos a Orquestra tornou-se numa Tuna a sério. A sério de escrever a letras de ouro está a vitória no Festival Ibérico de Tunas em Vila Real: com apenas 6 elementos e muita cerveja a nossa Tuna conseguiu arrecadar o prémio de Melhor Tuna!
Ser Tuno é ir mais além, é desafinar e tocar, é sakar as calças e encantar, é beber e... não gregar!